19    de janeiro de 2012 
Hoje    o autor do Livro de Samuel toca uma tecla muito sensível    para os tempos dele, e para os nossos também: a inveja.    Saul matou mil, mas Davi matou dez mil. Assim cantavam, em coro,    as jovens de Israel, diante da vitória de Davi sobre    Golias. Mas este canto não agradou a Saul. “A mim    deram-me apenas mil, enquanto a este pastorzinho lhe dão    dez mil?” E, a partir daí, começa uma triste    história de perseguição de Davi, por parte de    Saul. 
Que    é a inveja? A inveja é uma patologia que nos habita,    e ninguém de nós se diga imune de inveja. Quando se    dá a inveja? A inveja, esta patologia que nos habita, e que    normalmente não vem bem tratada, manifesta-se quando alguma    pessoa de nosso conhecimento nos sobressai; quando alguma pessoa    de nosso círculo é elogiada, ou elevada: “porque    ele e não eu? Porque ele recebe mais do que eu? Porque ele    é mais considerado do que eu?” E assim começa a    inveja, que corrói o coração, e lhe retira a    paz e a tranqüilidade, até se manifestar na forma de    perseguição, que é o que acontecerá    aqui, entre Davi e Saul. 
Repito;    é uma doença patológica, que se aninha em    nossos corações. Não suportamos a    superioridade dos outros; não suportamos o elogio que é    dado aos outros, não suportamos que alguém seja mais    importante do que eu. E, como conseqüência desta    patologia, vem as mais diversas formas de eliminação,    ou pretensão de eliminação, daquele rival. 
Quem    de nós nunca se tornou vítima desta doença?    Quem de nós nunca sentiu inveja de alguém? Atenção;    simplesmente gostar de ter uma coisa que o outro tem, não é    o vício da inveja. Simplesmente gostar eu de ter um carro,    ou uma casa que o outro tem, não é ainda inveja. A    inveja acontece quando eu me entristeço ou, sobretudo,    quando eu não tolero que ele possua, o que eu não    possuo; quando eu não tolero que ele seja elogiado, e eu    não. E, a partir daí, começo a olhá-lo    com suspeição, ou com olhos maus, desejando, eu    mesmo, a sua destruição. 
Este    é um pecado capital; um pecado realmente grave, que corrói    o nosso interior e nos tira a paz. Examinemos a fundo, diante    desta página, quantas vezes tivemos inveja, e o mal que a    inveja faz a nossos corações. 
  
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