10 de outubro de 2012
Hoje, Jesus nos ensina a rezar. Ensina-nos a rezar. E nós fazemos, como os discípulos, a mesma pergunta: “Por que nós não sabemos rezar?” É triste constatar e dever dizer que nós, católicos, em geral, não sabemos rezar. Rezar não é, em primeiro lugar, uma atividade humana; é uma atividade, em primeiro lugar, divina.
É Deus quem provoca a oração em nós. E por isto mesmo, no princípio da oração, nós deveríamos invocar Deus e Seu Espírito para que o Seu Espírito inspire aquela oração que Deus quer ouvir de mim naquele momento. A oração cristã deve ser, em primeiro lugar, uma oração inspirada e, por isto mesmo, antes de começar, uma invocação ao Espírito. Caso contrário eu corro o risco de rezar superficialmente, de rezar apenas com os lábios ou de não rezar aquela oração que Deus gostaria de ouvir de mim.
Em poucas palavras, e segundo santo Agostinho, rezariam carnalmente; e são muitos aqueles que rezam assim, ou carnalmente. Então, imaginam que rezar seja sinônimo de proferir “Pai Nossos” e “Ave Marias” em série. Não.
Em primeiro lugar se invoca, se pede ao Espírito Santo que provoque a oração que Deus quer ouvir. Em segundo lugar, a primeira oração que Deus quer ouvir em nós é a oração de adoração, é aquela contemplação da grandeza, da majestade, da magnificência, da bondade incomensurável, da total misericórdia que envolve a Deus.
Diante da grandeza de Deus, nós O adoramos silenciosamente. Em segundo lugar nós nos compenetramos de que Deus nos ama apaixonadamente em Seu Espírito e no Seu Filho Jesus Cristo.
Começamos a rezar bem se fazemos em primeiro lugar, movidos pelo Espírito Santo, a oração de louvor, a adoração desinteressada e se nos capacitamos da grandeza de Deus e da beleza de eu poder invocá-lo e entra em comunhão com Ele.
Começamos a rezar quando deixamos que o Espírito Santo suscite a oração do agrado de Deus em nós.
Pe. Fernando Cardoso. 4ª feira da 27ª semana comum ano par.