sábado, 19 de janeiro de 2013

COMO FOI O RETIRO DE 2013


IMPACTO DO RETIRO SACERDOTAL JESUS CÁRITAS


O QUE É UM RETIRO ESPIRITUAL?

Certamente, o irmão Carlos não escolheu o caminho da notoriedade. Ao contrário, sem nenhuma afetação, ele sempre se colocou ‘no último lugar’, levando uma vida evangélica reservada”. Cardeal José Saraiva Martins

O pregador do Retiro da Fraternidade Sacerdotal Jesus Cáritas em Arrozal/RJ., no período de 03 a 10 de janeiro de 2013, Dom Edson Damian foi bastante feliz e profundo em suas pregações. Sua atuação foi excelente. Sua experiência relatada foi de teor encorajador e fortalecedor. Tudo com simplicidade, caridade e emoção.
O responsável nacional pela Fraternidade Sacerdotal, Padre Gildo Nogueira Gomes com sua equipe realizou uma coordenação maravilhosa no retiro.

As palestras, os grupos de reflexão, a adoração e o deserto foram tremendamente espetaculares. Realmente, o deserto é um marco profundo em nossa vida. É uma intimidade com Deus sem explicitação de palavras.

É impactante, vai além do sublime, do belo e do imensurável...

O foco de todo retiro foi à espiritualidade do beato Charles de Foucauld, também conhecido como irmão Carlos de Jesus e “Irmão Universal”.

Seguir a luz do Ir. Carlos é encontrar de forma ardente e impactante Jesus de Nazaré. Sua vida de monge, padre, missionário e eremita no deserto africano têm muito a nos ensinar a viver de fato e de verdade o Santo Evangelho de Cristo e amar a Deus e o próximo.

No Ir. Carlos, temos um verdadeiro testemunho de discípulo e missionário de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Exclama ele: “Gritar o Evangelho com a própria vida”. Disse mais: “A imitação é a medida do amor [...]: é o segredo de minha vida. Eu perdi meu coração por esse Jesus de Nazaré”.

A especialista em Charles de Foucauld, a escritora francesa irmãzinha Annie de Jésus, escreve: “Ninguém fica indiferente ao ouvir irmão Carlos, pois sua vida e seus escritos nos reconduzem incansavelmente à pessoa de Jesus e à sua Palavra” (2).

Com certeza, o irmão Carlos é por demais um apaixonado por Cristo e pela realização de sua obra salvadora.

É muito importante ressaltar que para o nosso tempo com tantas boçalidades, banalidades e descompromissos, surge de modo forte, seguro e arrebatador a proposta do Ir. Carlos de revolucionar o interior do ser humano em nossa pós-modernidade.
Ele é farol glorioso num mundo de trevas e de tantas incompatibilidades. Ele indica de forma categórica o encontro impactante com o bom Deus.

No seguimento da espiritualidade do Ir. Carlos, não há por menor que seja um pequeno espaço para o estrelismo, soberba, egocentrismo, individualismo, exaltação e totalitarismo. Não há conjugação do pedante, do pernóstico e do hipócrita e sua prática evangélica.

Ensina ele: “Para mim, buscar sempre o último lugar, para fazer-me tão pequeno quanto meu Mestre”. “Banir de nós, para longe, o espírito intolerante. Ser caridoso, manso, humilde com todos os homens: é o que aprendemos com Jesus. Não ser guerreiro com ninguém” (3).

O nosso tempo é marcado terrivelmente pelo desamor. Vivemos a ganância de tudo. Tudo gira em torno do dinheiro, do poder e do sexo. O “eu” é dominado pelos prazeres carnais. E o resultado de tudo isso é: inimizade, violência, prisão, depressão, separação, vícios e morte prematura. Quantos estão vivendo, no entanto, sem vida, sem projeto, sem fé, sem caridade, sem esperança e sem nada...

Por que tudo isso? Porque sem a vivência do amor infinito de Nosso Senhor Jesus Cristo, nada existe de bem, nada tem sentido de bom, nada é encontrado e tudo é infelicidade.

A realização plena do ser humano está na maravilhosa graça de Jesus de Nazaré, é dessa graça que viveu de maneira radical o nosso amado irmão Carlos de Jesus.
De egrégio esplendor e louco de amor por Cristo ele diz: “Toda a nossa pessoa deve respirar Jesus, todos os nossos atos, toda a nossa vida devem gritar que somos de Jesus, devem apresentar a imagem da vida evangélica”.

Inácio José do Vale

NOTAS:

(1)Annie de Jésus. Charles de Foucauld: nos passos de Jesus de
Nazaré. Vargem Grande Paulista. SP: Editora Cidade Nova, 2004,
p.9.
(2) Idem, p.12.
(3) Idem, p.85.