IMPACTO DO RETIRO
SACERDOTAL JESUS CÁRITAS
O QUE É UM RETIRO ESPIRITUAL?
Certamente, o irmão Carlos não escolheu o caminho da notoriedade. Ao contrário, sem nenhuma afetação, ele sempre se colocou ‘no último lugar’, levando uma vida evangélica reservada”. Cardeal José Saraiva Martins
O QUE É UM RETIRO ESPIRITUAL?
Certamente, o irmão Carlos não escolheu o caminho da notoriedade. Ao contrário, sem nenhuma afetação, ele sempre se colocou ‘no último lugar’, levando uma vida evangélica reservada”. Cardeal José Saraiva Martins
O pregador do Retiro da
Fraternidade Sacerdotal Jesus Cáritas em Arrozal/RJ., no
período de 03 a 10 de janeiro de 2013, Dom Edson Damian foi
bastante feliz e profundo em suas pregações. Sua
atuação foi excelente. Sua experiência relatada
foi de teor encorajador e fortalecedor. Tudo com simplicidade,
caridade e emoção.
O responsável
nacional pela Fraternidade Sacerdotal, Padre Gildo Nogueira Gomes com
sua equipe realizou uma coordenação maravilhosa no
retiro.
As palestras, os grupos
de reflexão, a adoração e o deserto foram
tremendamente espetaculares. Realmente, o deserto é um marco
profundo em nossa vida. É uma intimidade com Deus sem
explicitação de palavras.
É impactante,
vai além do sublime, do belo e do imensurável...
O foco de todo retiro
foi à espiritualidade do beato Charles de Foucauld, também
conhecido como irmão Carlos de Jesus e “Irmão
Universal”.
Seguir a luz do Ir.
Carlos é encontrar de forma ardente e impactante Jesus de
Nazaré. Sua vida de monge, padre, missionário e eremita
no deserto africano têm muito a nos ensinar a viver de fato e
de verdade o Santo Evangelho de Cristo e amar a Deus e o próximo.
No Ir. Carlos, temos um
verdadeiro testemunho de discípulo e missionário de
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Exclama ele: “Gritar
o Evangelho com a própria vida”. Disse mais: “A
imitação é a medida do amor [...]: é o
segredo de minha vida. Eu perdi meu coração por esse
Jesus de Nazaré”.
A especialista em
Charles de Foucauld, a escritora francesa irmãzinha Annie de
Jésus, escreve: “Ninguém fica indiferente ao
ouvir irmão Carlos, pois sua vida e seus escritos nos
reconduzem incansavelmente à pessoa de Jesus e à sua
Palavra” (2).
Com certeza, o irmão
Carlos é por demais um apaixonado por Cristo e pela realização
de sua obra salvadora.
É muito
importante ressaltar que para o nosso tempo com tantas boçalidades,
banalidades e descompromissos, surge de modo forte, seguro e
arrebatador a proposta do Ir. Carlos de revolucionar o interior do
ser humano em nossa pós-modernidade.
Ele é farol
glorioso num mundo de trevas e de tantas incompatibilidades. Ele
indica de forma categórica o encontro impactante com o bom
Deus.
No seguimento da
espiritualidade do Ir. Carlos, não há por menor que
seja um pequeno espaço para o estrelismo, soberba,
egocentrismo, individualismo, exaltação e
totalitarismo. Não há conjugação do
pedante, do pernóstico e do hipócrita e sua prática
evangélica.
Ensina ele: “Para
mim, buscar sempre o último lugar, para fazer-me tão
pequeno quanto meu Mestre”. “Banir de nós,
para longe, o espírito intolerante. Ser caridoso, manso,
humilde com todos os homens: é
o que aprendemos com Jesus. Não ser guerreiro com ninguém”
(3).
O nosso tempo é
marcado terrivelmente pelo desamor. Vivemos a ganância de tudo.
Tudo gira em torno do dinheiro, do poder e do sexo. O “eu” é
dominado pelos prazeres carnais. E o resultado de tudo isso é:
inimizade, violência, prisão, depressão,
separação, vícios e morte prematura. Quantos
estão vivendo, no entanto, sem vida, sem projeto, sem fé,
sem caridade, sem esperança e sem nada...
Por que tudo isso?
Porque sem a vivência do amor infinito de Nosso Senhor Jesus
Cristo, nada existe de bem, nada tem sentido de bom, nada é
encontrado e tudo é infelicidade.
A realização
plena do ser humano está na maravilhosa graça de Jesus
de Nazaré, é dessa graça que viveu de maneira
radical o nosso amado irmão Carlos de Jesus.
De egrégio
esplendor e louco de amor por Cristo ele diz: “Toda a nossa pessoa
deve respirar Jesus, todos os nossos atos, toda a nossa vida devem
gritar que somos de Jesus, devem apresentar a imagem da vida
evangélica”.
Inácio José
do Vale
NOTAS:
(1)Annie de Jésus.
Charles de Foucauld: nos passos de Jesus de
Nazaré. Vargem
Grande Paulista. SP: Editora Cidade Nova, 2004,
p.9.
(2) Idem, p.12.
(3) Idem, p.85.