segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

IRMÃO CARLOS E SUA SIMPLICIDADE



Do boletim 156 de junho 2018 

AUTOR: Pe. Jaime François Jongmans – Ribeira do Amparo - BA

Em Nazaré, o cardápio do dia a dia do Irmão Carlos era pão seco e água; só no domingo ele comia um pouquinho mais e aceitava comer a comida preparada pelas Clarissas. No Saara, o regime alimentar do Irmão Carlos era o mesmo dos Tuaregues: ele alternava

dois tipos de comida, um mingau de trigo moído com um pouco de manteiga ou um purê de frutas das palmeiras (as dattas), com um pouco de pão duro, sem fermento. O jornalista F. Dubois, que o visitou, disse que o Irmão Carlos tinha um “estômago de avestruz”.

Quando ele se deslocava pelo deserto, quase sempre numa temperatura d 40 a 50 graus na sombra, Irmão Carlos fazia questão de andar, a maior parte do tempo, a pé e não de camelo. Ele percorria uma média de 50 km por dia. Na primeira viagem ao Hoggar, ele percorreu quase 6000 km. Para ir de Tamanrasset até Argel, capital da Argélia, ele precisava andar quase u mês e meio. Para ele ir de Nazaré a Jerusalém a pé –era uma distância de 120km – não era problema.

Ele dormia no chão, enrolado num pano, na maior simplicidade, dispensando qualquer cama. Como o Cardeal Vietnamita F. X. Van-Thuan (que ficou preso por 13 anos no Vietnã), ele viajava com pouca bagagem.

Não queria “aparecer” e proibiu que seus trabalhos científicos sobre a língua Tuaregue fossem publicados sob o nome dele. Em 1908 o primeiro volume da gramática e dicionário Francês-Tuaregue foi publicado sob o nome de A. de Calassanti – Motylinski, um seu amigo.

(O pregador do retiro que apresentou essa meditação (aqui está apenas uma parte dela), termina com algumas perguntas para nossa vida em relação a essa simplicidade do Irmão Carlos).