terça-feira, 19 de novembro de 2019

FALECIMENTO: PE. MARTIN





Padre Martin Peter Huthmann 

10/02/2019
(Logo que conseguir uma foto melhor, eu troco).

Padre Martin Peter Huthmann morreu após 36 anos servindo a diocese como pároco na Paróquia São Francisco de Assis, em Jaciara.
O padre Martin Peter Huthmann nasceu no dia 27 de dezembro de 1931 em Offenbach – Main (Alemanha), filho do doutor Pihlipp Huthmann e sua mãe Anna Maria Oster, vereadora, filha de um médico. Em 1934 mudouse para Hildesheim, onde teve primeiros contatos sobre Adolf Hitler. De 1936 a 1943 foi um tempo decisivo já morando em Berlim, capital da Alemanha. Nesta época a Igreja estava ao lado da caserna das tropas especiais de Adolf Hitler. O vigário da paróquia foi preso pelos nazistas, já os judeus que moravam na mesma casa alguns conseguiram fugir e outros foram mortos.

 Em 1941, ainda menino Martin fez a 1ª Eucaristia e decidiu no seu coração só servir a Jesus e não “aos seus inimigos”. Com quatro anos de idade cursou a 1ª série escolar, escolheu uma escola onde podia aprender Grego e Hebraico. Em 1941 com sua Primeira Eucaristia na Paróquia HL Familie e com esta catequese, nasceu a vocação presbiteral em confronto com a caserna de guardas costas de Hitler. Martin está entre os pioneiros da Fraternidade Sacerdotal Jesus Caritas no Brasil. Um grande exemplo para todos nós. Quem não se lembra dele e seu cachimbo, em nossos retiros, e suas palavras alemãs brasileiras sabias. Fica a saudades. Fica um exemplo de vida. 

O corpo foi velado em 10-02-2019, na sede da Associação Ecológica e Meio Ambientalista (Aema), em Jaciara, local onde o padre residia há vários anos, após 61 anos como presbítero e 36 anos servindo a diocese como pároco na Paróquia São Francisco de Assis, em Jaciara. No dia 3 de março de 2007 ele havia entregado a sua missão de pároco e continuou a missão como vigário paroquial e exercendo seu serviço na Aema, na Cadeia Pública, nas comunidades e na formação bíblica.

 “O padre Martin deixou o legado de um homem missionário que saiu da Alemanha para se dedicar ao trabalho nas comunidades de Jaciara em tempos passados. Apesar de vir de uma família com recursos, escolheu uma vida pobre a favor dos pobres, dos sem tetos, dos sem-terra. Como vigário paroquial, visitava os presos na Cadeia Pública em Jaciara todas as sextas-feiras. Foi um profundo conhecedor da Bíblia e deixou muitos escritos. Tivemos a honra de tê-lo em nossa diocese”, disse o bispo Dom Juventino Kestering.