INTRODUÇÃO AOS DOMINGOS DA QUARESMA - CICLO “C”. - Dom Damian Nannini, Argentina.
Quaresma é um caminho em direção à Páscoa e é bom neste itinerário litúrgico existencial conhecer antecipadamente os passos que os cristãos devem dar de domingo a domingo, mas sem nunca perder de vista o Mistério Pascal que é o fim; porque “na realidade só existe um tema na Escritura, a liturgia e a vida da Igreja: a morte e ressurreição de Cristo. A Páscoa é um ápice, um centro de convergência e o único resultado que pode dar sentido à história”1.
Vemos aqui dois temas típicos do tempo da Quaresma em clara harmonia com o tema específico do ano jubilar de 2025: o caminho e a esperança que se baseia na Páscoa de Cristo. A este respeito, o Papa Francisco diz na sua mensagem quaresmal deste ano: “A esperança que não desilude (cf. Rm 5, 5), mensagem central do Jubileu, pode ser para nós o horizonte do caminho quaresmal rumo à vitória pascal. Como nos ensinou o Papa Bento XVI na Encíclica Spe Salvi, “o ser humano precisa de amor incondicional. Ele precisa daquela certeza que o faz dizer: “Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer criatura poderá separar-nos do amor de Deus, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8,38-39)». Jesus, nosso amor e nossa esperança, ressuscitou, vive e reina glorioso. A morte foi transformada em vitória e nisto reside a fé e a esperança dos cristãos, na ressurreição de Cristo.”.
Por sua vez, No ciclo C encontramos uma grande catequese sobre a reconciliação, o retorno a Deus, cujo ponto culminante será a celebração da Páscoa2. Vemos aqui outra forte sintonia com o ano jubilar: Deus oferece-nos o seu perdão e convida-nos à conversão para receber a sua Graça. Na sua mensagem quaresmal para este ano, o Papa Francisco, à luz do Jubileu, convida-nos a uma tripla conversão. Primeiro, a conversão à nossa condição de peregrinos e é por isso que nos convida a perguntar: “Estou realmente a caminho ou um pouco paralisado, estático, com medo e sem esperança; ou satisfeito na minha zona de conforto? Busco caminhos de libertação de situações de pecado e de falta de dignidade?”.
Em segundo lugar, conversão à sinodalidade porque “Os cristãos são chamados a viajar juntos, nunca como viajantes solitários. O Espírito Santo encoraja-nos a sair de nós mesmos para ir em direção a Deus e aos nossos irmãos, e nunca a fechar-nos em nós mesmos [...] Nesta Quaresma, Deus pede-nos que verifiquemos se na nossa vida, nas nossas famílias, nos lugares onde trabalhamos, nas paróquias ou nas comunidades religiosas, somos capazes de caminhar com os outros, de escutar, de vencer a tentação de nos fecharmos na nossa autorreferencialidade, cuidando apenas das nossas necessidades.”.
A terceira conversão é à esperança, à confiança em Deus e na sua grande promessa, a vida eterna. “Devemos perguntar-nos: possuo a convicção de que Deus perdoa os meus pecados ou comporto-me como se pudesse salvar-me? Anseio pela salvação e invoco a ajuda de Deus para recebê-la? Vivo concretamente a esperança que me ajuda a ler os acontecimentos da história e me impulsiona ao compromisso com a justiça, a fraternidade e o cuidado da casa comum, agindo para que ninguém fique para trás?”
VISÃO GERAL DAS LEITURAS BÍBLICAS
“Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e preparar-nos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais alegre e solene de todo o Ano litúrgico – o que poderia ser mais apropriado do que deixar-nos guiar pela Palavra de Deus?” (Bento XVI, Mensagem Quaresmal 2011, nº2). Portanto, a proposta é ouvir a Palavra de Deus que a liturgia nos oferece com atenção, tendo em conta que as leituras dominicais são bem selecionadas e devem ser vistas como um todo para buscar o fio temático deste ciclo C.
Sobre isso tomamos o resumo do Pe. Mario Haller: “O primeiro e o segundo domingos apresentam as tentações e a transfiguração do Senhor. Os demais domingos desenvolvem o tema da paciência e do perdão de Deus: o Senhor é paciente e sabe esperar (terceiro domingo), aguarda o nosso regresso com os mesmos desejos e atitudes do pai do filho pródigo (quarto domingo) e acolhe-nos se nos convertermos; basta que esse arrependimento seja sincero e não quereremos mais pecar (Quinto Domingo: a mulher adúltera). Todos estes domingos são orientados, portanto, na mesma direção: conversão, paciência divina e perdão, concedidos a quem, sentindo-se culpado, se esforça para mudar de vida e experimentar a misericórdia divina.”.
Eis aqui um quadro sintético apresentado por Jesus Castelhano:
Domingo 1: a fé de Israel (AT) Dt. 26,4-10– a fé em Cristo (Apóstolo) Rom. 10,8-13 –Jesus tentado e vitorioso (Ev.)Lc. 4,1-13 .
Domingo 2: a fé de Abraão e a Aliança (AT) Gn. 15,5-12.17-18 – chamado à Transfiguração dos nossos corpos (Apóstolo) Fil. 3,17-4,1 – Cristo transfigurado, revelador do Pai, fundamento da nossa fé (Ev.)Lc. 9,28b-36 .
Domingo 3: um Deus que se revela libertador (AT)Ex. 3, 1-8ª.13-15 – Os cristãos também aprendem com o caminho dos Padres pelo deserto (Apóstolo) 1Cor. 10,1-6.10-12 – chamados à conversão (Ev.)Lc. 13,1-9.
Domingo 4: A Páscoa na terra prometida, a Aliança é renovada (AT) Jos. 5,9ª.10-12 – chamados em Cristo para sermos reconciliados (Apóstolo) 2Cor. 5,17-21 – Deus Pai espera a conversão do filho pródigo (Ev.)Lc. 15,1-3.11-32.
Domingo 5: Deus faz novas as coisas, no futuro do homem (AT) Is. 43,16-21– chamados à ressurreição (Apóstolo) Fil. 3,8-14- o perdão da adúltera (Ev.) Jn. 8,1-11 .
A recepção deste anúncio profético da infinita misericórdia de Deus para conosco deve ser vivida, antes de tudo, na nossa relação com o Pai como experiência de reconciliação e de perdão. Depois, na relação com os outros, já que a Quaresma nos convida também a recuperar a condição de irmãos. Se combinarmos esta acentuação típica do Ciclo C com o lema proposto pelo Papa Francisco para a Quaresma do Ano Jubilar 2025: “Vamos caminhar juntos na esperança”, ficaríamos com o seguinte tópico:
“Caminhemos juntos na Esperança rumo ao Amor do Pai – manifestado na Páscoa de Jesus – para receber o seu perdão e nos tornarmos testemunhas da sua Misericórdia”
QUARTA-FEIRA DE CINZAS: COMEÇA O CAMINHO PARA A PÁSCOA 1a. leitura (Jl 2,12-18):
O profeta Joel, por ocasião de uma terrível praga de gafanhotos, convida o Israel pós-exílico a pensar no dia do Senhor que está próximo. E como consequência disso, faz um forte apelo à conversão, que é o texto que lemos hoje. Vale destacar a repetição do verbo “retornar” que traduz o hebraico Shub, e que é usado para expressar conversão ou "retorno a Deus". É digno de nota também o caráter interior desta conversão: “Volte para mim de todo o coração... rasgue seu coração, não suas roupas...". O convite ao regresso é motivado pela bondade de Deus e pela sua predisposição ao perdão..
Embora a ênfase seja colocada no interior, ela se expressa necessariamente no exterior e na comunidade: trombetas, jejuns, reuniões e atividades dos diferentes grupos e estados.
2a. leitura (2Cor 5,20-6,2):
São Paulo, apresentando-se como profeta-embaixador de Cristo, também nos exorta fortemente à reconciliação com Deus. Para São Paulo A reconciliação é uma iniciativa livre de Deus que exige a resposta livre dos homens. A obra de Deus foi identificar Cristo com o pecado em nosso favor, para nos justificar. A resposta do homem é acreditar-confiar-aceitar este perdão gratuito que vem de Deus em Cristo.
A reconciliação exige também, para chegar a todos os homens, a mediação da Igreja e dos seus ministros ou servidores. Devemos notar que São Paulo chega a esta exortação como a conclusão de uma longa reflexão sobre o ministério apostólico que começou em 2Cor 3. Ali, através de uma referência ao texto de Jr 31,31-33, ele coloca o tema no contexto da Nova Aliança entre Deus e seu povo, dentro da qual Paulo coloca sua própria mediação ministerial. Por sua vez, isto serve como ponto de apoio para comparar a Aliança do Sinai escrito em tábuas de pedra (cf. Ex 34,1.4) com uma Nova Aliança sobre novas tabelas que são os corações de carne (cf. Ezequiel 11:19; 36:26). Ou seja, Paulo reivindica textos proféticos que anunciavam um novo relacionamento entre Deus e seu povo no futuro (novo coração e novo espírito) como superação da aliança sinaítica (Ex 34). Esta Nova Aliança (cf. Jr 31-32; Ez 36-37) exige um novo ministério que também vem de Deus, pois é Ele quem capacita, e que é fundamentalmente um ministério de reconciliação.
Em suma, para São Paulo O tema da reconciliação aponta para a livre intervenção de Deus que reconcilia os homens consigo mesmo através de Cristo. Assim, o sujeito da reconciliação é Deus e os destinatários são todos os homens. O mediador da reconciliação é Cristo e o seu âmbito é a Igreja.
Evangelho (Mt 6,1-6.16-18):
A leitura litúrgica deste texto leva-nos a centrar a atenção no convite à esmola, oração e jejum. Este texto foi escolhido com bom critério por exortar à prática destas três obras de piedade que conhecemos como “Práticas quaresmais”.
Ora, a análise da estrutura literária do texto (que não explicaremos aqui) convida-nos a tirar outras consequências para a sua interpretação. Em primeiro lugar, tendo em conta que Mt 6,1 (“Tenha cuidado para não praticar a sua justiça diante dos homens para ser visto por eles: caso contrário, você não receberá recompensa alguma do Pai que está nos céus.") tem a função de título em relação a 6,2-18; este primeiro versículo nos dá o cenário geral do que se segue.
Ou seja, Jesus nos alerta para um grave perigo: o de que, ao cumprirmos a vontade de Deus (= fazer justiça), ao praticarmos atos de piedade, procuremos ser vistos e reconhecidos pelos homens. Ao mesmo tempo, a repetição do esquema nas três estrofes mostra-nos que princípio geral e, portanto, a ênfase é colocada nisso e não em casos particulares. Ou seja, a advertência vai além da esmola, da oração e do jejum; porque abrange todo o trabalho do cristão.
Em suma, pensamos que a mensagem fundamental de Mt 6,1-6.16-18 no contexto do Sermão da Montanha é simples e profunda ao mesmo tempo. Nos convida a operar a justiça, isto é, cumprir a Vontade de Deus de forma perfeita (5:48) e superior à dos escribas e fariseus (5:20). E esta justiça perfeita e superior não se refere apenas às ações mas também à intenção. Então, Nosso texto desqualifica um modo de agir típico dos hipócritas que buscam a si mesmos, que buscam e recebem glória ou reconhecimento dos homens, fechando-se assim para um relacionamento verdadeiro com Deus e para receber do Pai a recompensa do Reino. Como contrapartida nosso texto propõe um modo de agir típico de discípulos ou filhos que buscam apenas agradar ao Pai e esperam dele receber uma participação no Reino. Esta é a única intenção válida para Jesus.
ALGUNS PENSAMENTOS:
Podemos dizer que neste dia nos é dada uma espécie de “roteiro” para todo o nosso caminho quaresmal com o tópicos essenciais dele.
⇒ Em primeiro lugar, ressoa neste dia O chamado de Deus à conversão. O próprio Deus, através do profeta Joel e do apóstolo São Paulo, convida-nos a voltar a Ele, a deixar-nos reconciliar com Ele. Isto é o que o ministro nos diz em nome de Deus ao impor-nos as cinzas: “Converta-se e creia no evangelho”. Esta frase é retirada de Mc 1,15, que a apresenta como o primeiro anúncio de Jesus. Lá o imperativo do verbo grego é usado metanoéô (eu me arrependo) que significa converter, mudar a mentalidade e a atitude. A pregação penitencial de Jesus encontra a sua motivação na chegada do Reino, sinal do amor do Pai pelos homens. A bondade de Deus que busca e espera pelos pecadores para lhes dar a salvação é o centro da pregação sobre a conversão que o evangelho nos traz..
É importante não perder de vista esta novidade da conversão que se vive na nova Aliança. R. Cantalamessa nos explica com maestria4: "Converter-se não significa voltar à antiga aliança e ao cumprimento da lei, mas sim dar um salto em frente, entrar na nova aliança, agarrar este reino que apareceu, entrar nele. E entre nisso através da fé. 'Arrepender-se e acreditar' não significa duas coisas diferentes e sucessivas, mas a mesma ação: converter-se, isto é, acreditar; converta-se crendo. A conversão e a salvação mudaram de lugar. Já não é: pecado-conversão-salvação (converta-se e você será salvo; converta-se e a salvação chegará até você), mas sim: conversão-salvação-pecado (Converta-se porque você está salvo, porque a salvação chegou até você). Primeiro há a obra de Deus e depois a resposta do homem, e não vice-versa".
A conversão é um Sim à pessoa de Jesus, à sua obra, à sua mensagem, ao seu Amor. Trata-se de se converter para e de acreditar no amor de Cristo. Conversão é acolher a misericórdia de Deus na nossa vida, deixar-nos transformar por ela e transmiti-la aos outros.
⇒ Agora, apenas aceite o chamado à conversão, apenas abra o seu coração à misericórdia de Deus, Aquele que Ele está ciente de ser um pecador e necessitar de Sua Graça. É essencial, para avançar no caminho quaresmal, tomar consciência da nossa fragilidade, dos nossos limites. Numa única palavra: precisamos humildade. Somente o humilde, o que se humilha diante do Senhor, recebe a sua graça e o seu perdão. Este é o significado profundo do rito de imposição das cinzas que hoje realizamos, que nos revela a nossa fragilidade, o nosso fim e, portanto, o apelo a aderir ao que é definitivo. Como nos diz o Papa Francisco na sua mensagem quaresmal deste ano: “Com o sinal penitencial das cinzas sobre a cabeça, iniciamos a peregrinação anual da santa Quaresma, na fé e na esperança. A Igreja, mãe e mestra, convida-nos a preparar o coração e a abrir-nos à graça de Deus para podermos celebrar com grande alegria o triunfo pascal de Cristo, o Senhor, sobre o pecado e a morte, como exclamou São Paulo: “A morte foi derrotada. Onde está sua vitória, morte? Onde está seu aguilhão? (1Cor 15,54-55). Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é, de fato, o centro da nossa fé e a garantia da nossa esperança na grande promessa do Pai: a vida eterna, que Ele já realizou Nele, seu Filho amado (cf. Jo 10, 28; 17, 3).”.
⇒ Em terceiro lugar, a importância da prática do jejum, da oração e da esmola ou caridade. A este respeito, o Papa Francisco disse: “Neste caminho de regresso ao essencial, que é a Quaresma, o Evangelho propõe três etapas, que o Senhor nos pede para percorrer sem hipocrisia, sem engano: a esmola, a oração, o jejum. Para que servem? A esmola, a oração e o jejum nos levam de volta às três únicas realidades que não passam. A oração nos une novamente a Deus; caridade com o próximo; jejuando conosco mesmos. Deus, irmãos, minha vida: essas são as realidades que não terminam em nada e nas quais devemos investir. É aí que a Quaresma nos convida a olhar: para o Alto, com a oração, que nos liberta de uma vida horizontal e plana, onde encontramos tempo para nós mesmos, mas esquecemos de Deus. E depois para o outro, com a caridade, que nos liberta da vaidade de ter, de pensar que as coisas são boas se forem boas para mim. Por fim, convida-nos a olhar para dentro de nós mesmos com o jejum, que nos liberta do apego às coisas, da mundanidade que anestesia o coração. Oração, caridade, jejum: três investimentos para um tesouro que nunca acaba” (Homilia na Quarta-feira de Cinzas, 6 de março de 2019).
⇒ Finalmente, recuperar a orientação fundamental de toda a nossa vida, que é uma peregrinação na esperança rumo ao Pai. A Quaresma é o momento certo para recuperar esta orientação para Deus, sem a qual a nossa vida não tem bússola, ficamos fora do centro da seriedade.e vamos “saltando” de um lugar para outro procurandosegurança ou consolação efêmero. Encorajemo-nos a procurar a verdade e a “andar na verdade”. diante do olhar que mais importa, o do Pai celeste, tal como Jesus nos pede no evangelho de hoje. E diante deste olhar do Pai se revela a nossa verdadeira identidade, o que somos diante de Deus, o que nos permitirá ser sinceros também conosco mesmos, como diz o Cardeal J. Danielou.5:
"Ser completamente sincero significa fazer tudo preocupando-se apenas com o que Deus pensa de nossas ações. Significa, portanto, não adotar atitudes diferentes dependendo do ambiente, não pensar de uma forma quando estamos sozinhos e de outra quando estamos com alguém, mas falar e agir sob o olhar de Deus, que lê os corações.
A sinceridade consiste em esforçar-nos para que a nossa postura externa coincida cada vez mais com a nossa aparência interna. E, naturalmente, sem provocações, mas simplesmente sendo o que somos, sem falsificar a verdade por medo de desagradar os outros. Esta sinceridade requer pureza de intenção, isto é, preocupar-nos nas nossas ações com o julgamento de Deus, e não com os julgamentos humanos; aja preocupando-se mais com o que agrada ou desagrada a Deus do que com o que agrada ou desagrada aos homens. Este é um dos pontos essenciais da vida espiritual.
Normalmente – não tenhamos muitas esperanças – somos dominados pela preocupação de agradar ou desagradar os homens, interessados em melhorar a imagem que os outros possam ter de nós. E, no entanto, pouco nos importamos com o que somos aos olhos de Deus e por isso frequentemente ignoramos o que só Deus vê: a oração escondida, as obras secretas de caridade. E nos esforçamos mais para que, embora o façamos por Deus, os homens também o vejam e a nossa reputação esteja envolvida. Alcançar a sinceridade total – isto é, fazer o mesmo bem se não nos veem como se nos vissem – significa atingir uma perfeição muito elevada.".
PARA ORAÇÃO (RESSONÂNCIAS DO EVANGELHO EM ORAÇÃO):
cinzas
Uma pequena pilha de poeira,
Ele desperdiçou sua vida.
Eu não queria que você me visse orar
Por Ele, para Ele... mas Ele me descobriu.
Era cinza como cinzas
Os dias voaram com um suspiro.
Eu não queria que você me visse rápido
Por Ele, para Ele... mas Ele me descobriu.
Mal foi deixado no chão
Um rabisco em um livro transformado em oração.
Eu não queria que você me visse amor
Por Ele, para Ele... mas Ele me descobriu.
O que era tudo foi enterrado: VAIDADE
E Ele ficou, construindo o seu templo.
Eu não queria nada mais do que vê-lo morar lá
Por mim, por mim... e em mim descobri isso. Amém.
1 A. Eles machucam Celebre Jesus Cristo III. Quaresma (Sal da Terra; Santander 1980) 66.
2 G. Zevini - PG Cabra (Eds.), Lectio Divina para todos os dias do ano. Volume 3 (Palavra Divina; Estella 2001) 7.
3 O ano litúrgico, memória de Cristo e mistagogia da Igreja, Barcelona, CPL, 1996, 141-142.
4 Vida em Cristo, PPC, Madrid 1998, 64.
5 Ensaio sobre o mistério da história, Brescia, 1963, 334s citado en G. Zevini - P. G. Cabra (eds.), Lectio Divina para todos os dias do ano. Vol.3 (Palavra Divina; Estella 2001) 145.