“Ter a santa liberdade dos filhos de Deus e estar na alegria de Deus. Uma regra, mas uma santa liberdade na aplicação, como faria Jesus”- Irmão Charles de Foucauld (1).
Escreve um dos maiores especialistas em Charles de Foucauld, Jean–François Six: “Quando se desenvolveram as Fraternidades do Padre Charles de Foucauld” – foi o título que o Padre René Voillaume deu ao seu primeiro livro em 1947 – Louis Massignon querendo observar que a “confraria” fundada em 1909 por Foucauld era diferente, por sua estrutura, das fraternidades que surgiam nos anos 40, indicou então a diferença: Carlos de Foucauld tinha fundado não “fraternidades” (com priores, responsáveis, vida comum ou vida de grupo, reuniões, revisões de vida...), mas uma “confraria”, isto é, um grupo de batizados em diáspora, um movimento de gente espalhada um pouco por toda parte, para serem, onde estiverem, em sua vida cotidiana de Nazaré, “missionários isolados”, “pioneiros evangélicos”. O único vínculo entre eles, na Comunhão dos Santos, é esta mesma vocação que traduzem cada uma, cada um, em sua vida cotidiana. E Foucauld lhes tinha proposto, como instrumento de união, um “boletim”, uma correspondência enviada a todos, o menos possível institucional para se consagrarem o mais possível aos “irmãos de Jesus que o ignoram” (2).
“Nazaré” não foi um “esconderijo”, mas a encarnação, a participação plena e inteira da condição humana, e o inicio de sua tarefa divinizadora dessa mesma condição. Antes de “semear e de colher”, é preciso, diz Foucauld, “desbravar”. Foi o que Jesus fez em Nazaré. Depois, Jesus semeou: pregou. Enfim, por sua morte e ressurreição, colheu o grande feixe de todos os seres humanos que conquistou em sua vida.
Desbravador, semeador, coletor: trinta anos, três anos, três dias. Desbravador em Tamanrasset, Foucauld apostava numa possível conversão ao cristianismo de seus amigos tuaregues para “talvez daqui a dois séculos”. O tempo do desbravamento evangélico é extremamente longo em relação aos dois outros. Não se vê o resultado, não se colhe o fruto dos esforços feitos e se é feliz, na alegria por estar nessa vocação, por estar nessa fase e nela permanecer. O que há diante de nós, hoje? Imensas extensões das quais nos dizem que sofrem um eclipse de Deus. Gostaríamos que de repente os céus se abrissem e que os relâmpagos iluminassem tais desertos. O bem-aventurado Charles Foucauld nos convida a percorrer esses desertos como Jesus percorreu as vielas de Nazaré, com passos simples e verdadeiros, com gestos diários de humanidade.
Que nossas vidas sejam marcadas, aqui e ali, pela oração, pela ceia eucarística numa pequena capela ou numa catedral, isto são fontes indispensáveis. Marcada pelo Espirito de liberdade, “Todos juntos livres, padres e leigos, solteiros e casados, diz Foucauld, enviados para fazer conhecer, por nossa vida, nosso amor à vida, nossa alegria de viver, nossa abertura à toda pena e sofrimento, para fazer conhecer que nosso Deus é um Coração.” Cabe a cada um inventar, onde estiver em consciência, sua maneira de amar, fazer respeitar os direitos do ultimo homem, acolher particularmente de todo coração “os irmãos de Jesus que o ignoram”.
São Paulo apóstolo afirma a gloriosa liberdade dos filhos de Deus (Rm 8,21). A liberdade que temos em Cristo Jesus (GI 2,4). Temos que pô-la em pratica dia por dia: é para a liberdade que vocês foram chamados diz ele ainda aos Gálatas (5,13). Onde está o Espírito do Senhor, ai esta a liberdade. (2 Cor 3,17). A liberdade em tudo no amor de Deus em prol do seu semelhante. “Querer amar é amar”, nos disse Foucauld, no dia de sua morte (era uma primeira sexta-feira do mês consagrada ao coração do Cristo).
A vida evangélica só tem razão de ser no testemunho libertário e na dimensão da caridade: amor-Cáritas.
Inácio José do Vale
Fontes:
(1) Lafon, Michel. 15 dias de oração com Charles de Foucauld. 2. Ed. São Paulo: Paulinas, 2011, p. 59.
(2) Jean-François Six. In: Boletim das Fraternidades, nº. 142/2011, pp.15 e 20.
Eu os ouvirei!
Esperança é a certeza de que amanhã tudo vai ser melhor do que hoje, porque Jesus está no controle da vida.
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"Se o meu povo, que chama pelo meu nome, se humilhar, orar e
buscar a minha face e se converter de seus maus caminhos, então eu
os ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra."
2º Crônicas 7.14
"Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na
brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas não achei ninguém." Ezequiel 22:30
"E tudo quanto pedirdes em meu nome Eu o farei, para que o Pai seja
glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu o
farei. " João 14-13,14
E esta é a confiança que temos Nele, que, se pedirmos alguma coisa,
segundo a sua vontade, Ele nos ouvirá . I João 5-14
"E quanto a mim, longe de mim esteja de pecar contra o Senhor, deixando de orar por vós." I Sam.12-23
" Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livrará de todas."
Salmos 34:19.
"E a oração da fé salvará o doente e o Senhor o levantará; e, se
houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados." Tiago 5.15.
"Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas pedidos
sejam em tudo conhecidos diante de Deus pela oração e súplica e com
ação de graças" Filipenses 4.6
"E, tudo o que pedirdes na oração, com fé, o recebereis"
Mateus 21.22.
"Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e
vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos."
Efésios 6.18.
"Orai sem cessar." 1º Tessalonicenses 5.17.
“A oração do justo pode muito em seus efeitos.” Tiago 5.16
"Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam
conhecidas,diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela
súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o
entendimento, guardará o nosso coração em Cristo Jesus". Filipenses 4:6-7
O Deus Eterno sabe das nossas necessidades, mesmo antes de nós
clamarmos por socorro, mas como bem sabemos, Ele espera a nossa ação.
"E tudo quanto pedirdes com fé em nome de Jesus, isso será feito, a fim de que o Deus Pai seja glorificado no Filho" João14.13