sábado, 17 de dezembro de 2016

CONCLUSÃO DO CENTENÁRIO C. FOUC.


MISSA DO DIA 01/12/2016

Conclusão do Ano e do Centenário de morte de Charles de Foucauld

O Papa Francisco recordou ao término da missa celebrada esta quinta-feira (01/12) na casa Santa Marta, no Vaticano, o 100º aniversário da morte do Beato Charles de Foucauld, assassinado na Argélia em 1º de dezembro de 1916. “Era um homem que venceu muitas resistências e deu um testemunho que fez bem à Igreja. Peçamos que nos abençoe do céu e nos ajude a caminhar em suas pegadas de pobreza, contemplação e serviço aos pobres”, disse Francisco (1).

Argel (RV) – Concluíram-se oficialmente, neste 1° de dezembro, as celebrações do Centenário de morte de Charles de Foucauld e do Ano dedicado a este religioso francês, explorador do deserto do Saara e estudioso da língua e da cultura dos Tuaregues. Os tuaregues fazem parte do povo berbere, nômade, que se desloca entre o centro e o Oeste do deserto do Saara.


No final da missa celebrada na Casa Santa Marta na quinta-feira, o Papa Francisco recordou que se celebrava os 100 anos do assassinato do Beato Charles de Foucauld, ocorrido na Argélia em primeiro de dezembro de 1916. Era “um homem – disse – que venceu tantas resistências e deu um testemunho que fez bem à Igreja. Peçamos que nos abençoe do céu e nos ajude a caminhar nos caminhos de pobreza, contemplação e serviço aos pobres”.


Por ocasião do Centenário de morte de Charles de Foucauld, os Bispos argelinos divulgaram uma Carta destacando o exemplo deste bem-aventurado, que continua a inspirar aquela Igreja. Em concomitância com o Jubileu da Misericórdia, que acaba de se encerrar, foi dedicado um Ano a Charles de Foucauld, cujas celebrações tiveram início em 4 de dezembro de 2015.

"Este religioso se fez tudo para todos", escrevem os Bispos, dedicando-se ao "apostolado da bondade" na Argélia, longe de fazer qualquer proselitismo. Sua vida foi marcada pela imitação de Jesus de Nazaré, pela oração e preocupação com os pobres. “O seu desejo era o de ser o "irmão universal", a exemplo de Jesus, aberto à acolhida de todos, independente da condição social, religiosa ou étnica".


Até aos 28 anos, Charles de Foucauld viveu distante da fé. Mas, em uma viagem ao Marrocos, ao ver o testemunho da fé dos muçulmanos, refletiu sobre a existência de Deus e se questionou: “Mas Deus, existe? Se você existir, faça com que eu o conheça”. Voltando ao convívio familiar, Charles de Foucauld descobriu a fé cristã e, após uma viagem à Terra Santa, decidiu dedicar-se totalmente a Deus. Recebeu a ordenação sacerdotal com 43 anos, quando se transferiu para o deserto do Saara, onde conviveu com o povo Tuaregue. Ali viveu como pobre entre os pobres e descobriu uma vida de oração e adoração.


Hoje, no mundo, existem 11 Congregações religiosas e oito Associações de fiéis, espalhadas pelos cinco Continentes, que levam adiante a regra de vida de Charles de Foucauld, baseada na ‘Vida de Nazaré', uma vida simples, pobre e oculta (2).


O EREMITA DO DESERTO DO SAARA, O BEM-AVENTURADO CHARLES DE FOUCAULD, DEIXOU UMA ESPIRITUALIDADE CHAMADA NAZARÉ, QUE É VIVIDA NO ESCONDIMENTO, NO SILÊNCIO, NA ORAÇÃO, NA ADORAÇÃO E NO ÚLTIMO LUGAR. NESSA ESPIRITUALIDADE NÃO HÁ ESPAÇO PARA OSTENTAÇÃO E PARA FALSA POBREZA, OU SEJA, FALAR DE POBRE E DA POBREZA E VIVER COMO RICO. A RADICALIDADE DE SEGUIR O JESUS DE NAZARÉ É REVELADA NO AMOR A DEUS, AO PRÓXIMO E NO DESPOJAMENTO DA MATERIALIDADE.

Inácio José do Vale

Notas: