QUINTA MEDITAÇÃO
Evangelizar é uma necessidade que se me impõe. Ai de mim se não evangelizar” (1Cor 9,16).
Para tornar conhecido o Evangelho, estou disposto a ir até o fim do mundo e a viver até o juízo final” (Foucauld).
Paulo e Charles de Foucauld são dois convertidos apaixonados por Jesus e pela causa do Evangelho. Vamos contemplar estes dois irmãos na fé e na missão.
Creio que não há versículo que em tão poucas palavras caracterize melhor o apóstolo das gentes do que Rm 1,1:”Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus”. O apóstolo inicia sua carta aos Romanos revelando sua identidade, convicto de que o Senhor o “chamou por sua graça” (Gl 1,13).
Paulo não se apresenta aos Romanos como Doutor da Lei, como Mestre em teologia bíblica ou como Escriba que “penetra na sutileza das parábolas” (Eclo 39,2), nem mesmo como Profeta que fala “da parte de Deus” (cf. 2 Pd 1,21). Paulo renuncia a títulos acadêmicos. O título com que se apresenta é, no mínimo, inusitado para quem quer ser portador de uma mensagem alvissareira. Ele simplesmente se entende como “servo”. Apresentar-se-á do mesmo jeito, junto com Timóteo, aos Filipenses (Fl 1,1) para informar à comunidade de que não fala nem escreve em nome próprio, mas sim em nome de Cristo Jesus a quem serve. O termo grego em português: “doulós”, significa primeiramente “escravo”. Escravo é quem depende total e exclusivamente de seu Senhor, é-lhe submisso no que der e vier, obediente sem nunca reclamar, fiel cumpridor das ordens recebidas sem questionar motivos nem porquês.
Desde a experiência de Damasco, Cristo é o Senhor absoluto, é Ele quem o orienta, dirige, impulsiona, entusiasma. Paulo entra numa total dependência do Senhor: “Tudo considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por ele, perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo e ser achado nele”. (Fl 3,8-9) Paulo é instrumento nas mãos do Senhor, sua irrestrita propriedade.
Coloca-se de modo incondicional a serviço do Senhor e o justifica: “Se quisesse agradar aos homens, não seria servo de Cristo”. (Gl 1,10).
O servo pertence ao Senhor. Aos Romanos ele escreve que essa pertença nem se rompe com a morte, ultrapassa todas as dimensões imagináveis: “Pois ninguém de nós vive e ninguém morre para si mesmo, porque se vivemos é para o Senhor que vivemos, e se morremos é para o Senhor que morremos, Portanto, quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor”. (Rm 14,7-8)
Paulo é um perito na Lei e nos Profetas, “educado aos pés de Gamaliel” (At 22,3). Assim, “servo” – “escravo” tem para ele uma forte conotação bíblica. Falava fluentemente grego (At 21,37), mas sua língua materna é o hebraico (At 22,1). Se ele usa a palavra grega “doulos”, ele pensa em “ebed” e “doulos” o remete ao “ebed IHWH” da Lei e dos Profetas.
A palavra “ebed” evoca toda a teologia do “Servo Sofredor” que se baseia nos comoventes “cantos do servo” (Is 42,1-9; Is 49,1-6; Is 50,4- 11; Is 52,13 – 53,12). São duas dimensões que caracterizam o “servo”: a irrestrita submissão: “Foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca” (Is 53,7) e, ao mesmo tempo, a mais absoluta, indelével, irrevogável confiança em Deus: “Perto está aquele que defende a minha causa. Quem ousará mover ação contra mim? (...) o SENHOR DEUS me socorrerá” (Is 50,8-9).
Desde a morte martirial do Senhor, do “servo sofredor” por excelência, perseguição e morte dos servos e servas de Cristo Jesus nunca mais se afastaram da Igreja até os nossos tempos. O sangue derramado de Estêvão que “viu os céus abertos e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus” (At 7,56) é, sem dúvida, a semente da conversão de Saulo (At 7,58). Impressiona-o imensamente que um jovem como Estevão chega a preferir a morrer apedrejado do que negar sua fé em Cristo Jesus.
As últimas palavras do mártir “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” não o deixam mais tranquilo. A experiência de Damasco foi o desfecho dessa conversão que se opera no coração e na mente de Saulo que se tornou Paulo. Nunca mais se desvia do “Caminho” e abraça todo tipo de sofrimento por causa do nome do Senhor (cf. At 9,16; 2 Cor 11,23-28), pois anunciar o Evangelho de Deus é a paixão de sua vida. Basta-lhe a graça divina (cf. 2 Cor 12,9).
Paulo explica que ser “servo” vai até o âmago, o cerne da pessoa, até o fundo da alma. “O serviço dos “servos de Cristo” vai até ao extremo: “fazem de coração a vontade de Deus”, traduzido ao pé da letra: “põem a alma em atender a vontade de Deus”. (Ef 6,6).
Ser “servo de Cristo Jesus” significa para Paulo profundo amor e irrevogável fidelidade. “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2,20). “Tudo que para mim era lucro, tive-o como perda, por amor de Cristo!” (Fl 3,7) No Evangelho de São João o próprio Jesus esclarece: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que seu Senhor faz; mas vos chamo amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai vos dei a conhecer. Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e produzirdes frutos e para que vosso fruto permaneça...” (Jo 15,15- 16).
O servo se torna amigo pela graça de Deus, porque o Senhor assim o determina. Doravante “nem a vida nem a morte, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes, nem a altura nem a profundeza, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus, Senhor nosso” (Rm 8,38-39).
CHAMADO A SER APÓSTOLO
São Jerônimo traduz: “vocatus apostolus”. Paulo é apóstolo por vocação, é um chamado específico que recebe.
São três elementos que caracterizam todas as vocações no Novo Testamento. A história da vocação dos primeiros discípulos no Evangelho de Marcos é paradigmática (Mc 1,16-20). Há um encontro, um chamado e uma reação ao chamado. Jesus caminha à beira do Mar da Galileia e vê Simão e o irmão deste, André, e, em seguida, os filhos de Zebedeu, Tiago e João. O encontro se dá no contexto corriqueiro do dia-a-dia, em meio aos árduos trabalhos da pesca. Sem introdução e motivação, sem nenhuma apresentação prévia, Jesus dirige-lhes o chamado que, ao mesmo tempo, é uma ordem e uma promessa: “Segui-me e farei de vós pescadores de homens”.
Pedro e André continuam o que são, pescadores, mas sua profissão é sublimada para outro nível, outra dimensão. Doravante serão “pescadores de homens”. Sua profissão se transforma numa vocação que ultrapassa as dimensões meramente humanas. O mar em que pescam se transforma no “mar da vida”, no compromisso com o mundo. São chamados para seguir a Jesus e crer na Boa Nova para dar testemunho e contagiar o mundo com a Boa Nova “O Reino de Deus está próximo”. (Mc 1,14).
A surpreendente reação dos quatro discípulos é a mesma: “deixaram” e “seguiram”. Não há nenhuma discussão preliminar acerca de perspectivas no futuro, em relação a possíveis desdobramentos para a vida particular de cada um e de sua família (o que será do velho Zebedeu que perdeu os filhos e ficou apenas com os empregados?), a imprevisíveis consequências para saúde, bem-estar e seguro de vida, a respeito da conjuntura a ser analisada e levada em conta, de decisões a serem tomadas “a curto, médio e longo prazo”. Nada disso! Pelo contrário, há um detalhe muito significativo. Não apenas “deixaram”, mas deixaram “imediatamente”
Qual não foi o impacto que esse encontro com Jesus, às margens do Mar da Galiléia, causou! Que abalo na vida destes quatro pescadores! Deixaram a família, os colegas, deixaram as redes de trabalho, mas também toda a rede (o tecido) “social”, que lhes dava segurança, estabilidade, futuro. Trocaram o presente certo por um futuro incerto e misterioso, uma vida instalada por uma vida sem previsões e provisões.
Onde e quando terminará este caminho? Não o sabem. Estão apenas no começo, mas já sentem no fundo da alma que não haverá mais retorno. E o caminho será pautado não apenas pela alegria de missões bem sucedidas “Senhor, até os demônios nos obedecem por causa do teu nome” (Lc 10,17), mas também por tremendas faltas de compreensão e por crises agudas de desânimo e medo, de modo que o próprio Jesus passa a censurá-los “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” (Mc 4,40).
Na vocação de Saulo há os mesmos três elementos: o encontro, o chamado e a reação ao chamado, embora em circunstâncias bem diferentes.
Há três relatos nos Atos dos Apóstolos (At 9,1-22; At 22,4-16; At 26,9-18) e uma referência sucinta, mas muito expressiva, na Carta aos Gálatas (Gl 1,11-17). Saulo mesmo confessa que “perseguia e devastava a Igreja” (Gl 1,12) e respirava “ameaças de morte contra os discípulos do Senhor” (At 9,1). Mas os planos de Deus são outros. Neste contexto de um incontido rancor e ódio virulento contra os “adeptos do Caminho” (At 9,2), Jesus entra na vida de Saulo e o derruba, faz com que caísse por terra.
O encontro de Jesus com Saulo não tem nada de delicado e deleitoso. É extremamente violento! Jesus não se encontra na paisagem bucólica da beira de um lago e dirige aos discípulos que escolheu a palavra “Segui-me!”. Aqui, às portas de Damasco, aparece como luz “vinda do céu e mais brilhante que o sol” e chama o jovem duas vezes pelo nome “Saul, Saul” e logo o imobiliza com a pergunta peremptória “por que me persegues?” “É duro para ti recalcitrar contra o aguilhão!” (At 26,14) ou como outros traduzem: “É inútil teimares contra o ferrão!” (CNBB) ou então “É inútil dar coices contra o aguilhão” (Peregrino). Não adianta dar murro em ponta de faca! Paulo mais tarde descreverá o acontecimento com imensa gratidão: “Ele me chamou por sua graça” (Gl 1,15). “Quem és, Senhor?” arrisca a perguntar. E a resposta é o chamado que divide a vida de Saulo em duas partes, uma antes, outra depois: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Mas levanta-te e fica firme em pé, pois, este é o motivo por que te apareci: para constituir-te servo e testemunha da visão na qual me viste e daquelas nas quais ainda te aparecerei” (At 26,15-16).
Como o chamado de Jesus a Pedro e André, a Tiago e João foi incisivo e imperativo, também o de Saulo não é uma “consulta”, uma “sondagem” ou “pesquisa de campo” para ver se porventura vai aceitar um convite. Não! É nada romântico, indulgente, tolerante. É ordem, ditame, mandato! Não é opção, gosto, escolha. Alguém chama, insiste, agarra alguém é chamado com insistência, é agarrado. Mais tarde revelará aos Filipenses a impetuosidade do encontro com o Senhor às portas de Damasco: “Fui agarrado por Cristo” (Fl 3,12). Alguém chegou perto e segurou pela mão. Em português brasileiro coloquial: “pegou-me pelo cangote”. Jesus o agarrou, o cativou, dominou, conquistou.
Não foi uma ideia, uma visão atualizada da conjuntura, uma nova compreensão da história, uma tese filosófica ou um tratado teológico que o levaram a abandonar o velho caminho e mudar de rumo na direção diametralmente oposta. “Alguém” entrou em sua vida e causou um verdadeiro terremoto na sua existência. É uma pessoa que o chamou. A luz que envolveu Paulo naquele meio-dia diante dos muros de Damasco, impregnou de modo indelével o sinal da presença do Cristo glorioso. Doravante dará testemunho do Senhor “como se visse o Invisível”. (Hb 11,27) Jamais esquecerá a hora de Damasco como João nunca esqueceu a hora em que pela primeira vez encontrou o Mestre, aquela inolvidável “décima hora” (Jo 1,39). Chegou a um ponto, de onde nunca mais haverá retorno!
A chave para realmente compreendermos com que força o chamado do Senhor transformou a vida de Saulo está na Primeira Carta aos Coríntios quando ele exclama: “Evangelizar não a título de glória para mim, é, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não evangelizar” (1Cor 9,16).
Paulo fala de sua missão de apóstolo, totalmente gratuita e usa a palavra grega “anarke” para descrever a razão de seu empenho, de sua missão. Essa palavra lembra um personagem nas tragédias gregas (p.ex. Sófocles, Antigone) que representa uma espécie de força cega, de fatalidade inexorável, o poder inescapável do destino, inclusive acima dos próprios deuses, aos quais não é permitido desobedecer-lhe, uma força impessoal e misteriosa que determina a sina do ser humano.
Por que Paulo usa esse termo para caracterizar sua condição de pregador do Evangelho? Por que empresta da mitologia grega a palavra “destino” que inculca medo, pavor, e indica a sina de que ninguém escapa?
Paulo, na realidade, não acha outro termo adequado para descrever sua própria experiência, a experiência do encontro comum Cristo, a total reviravolta que aconteceu em sua vida.
É claro que “anarke” para ele não se reveste mais de pavor e medo e não é mais um destino impessoal, sinistro, fatídico. “Anarke” é agora entrega total, irrestrita, incondicional ao Senhor. Nada no mundo poderá doravante separá-lo do Senhor. “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, os perigos, a espada?” (Rm 8,35). Quem uma vez bebeu desta fonte, quem uma vez entrou neste convívio, quem uma vez imergiu neste amor, nunca mais será o mesmo! “Tudo que para mim era lucro, tive-o como perda, por amor de Cristo!” (Fl 3,7).
Esta é mística da vocação de Paulo e não existe outra mística a não ser esta que é capaz de motivar e sustentar a vocação do discípulo, da discípula, do missionário, da missionária: “Por Ele, perdi tudo!” (Fl 3,8). Esta é a verdadeira e única base de toda vocação: “Por Ele!”, esta é sua mística e motivação existencial Não tem mais como largar!
Não consegue mais viver sem fazer de sua vida um ardoroso anúncio do Evangelho, um testemunho de sua fé, esperança e caridade. É impossível deixar de bradar pelo mundo afora, nas praças e nas ruas, nos lares e nas igrejas, de dia e de noite, que “Jesus Cristo é o SENHOR, para a glória de Deus Pai!” (Fl 2,11).
E, exatamente, esta é a reação de Paulo ao chamado de Jesus. “Imediatamente (...) começou a proclamar Jesus, afirmando que é o Filho de Deus” (At 9,20). “Imediatamente”, sem mais delongas. “Mãos à obra!” sem hesitação ou receio, sem meias-palavras, sem tibieza ou moleza!
Com “parrhesia”! O termo é usado no Novo Testamento (Atos dos Apóstolos), mas tem sua origem na antiga literatura grega, especialmente em Eurípides. Significa literalmente “toda a palavra”. Parrhesia é assim a decisão corajosa de dizer “tudo”, “toda a verdade” sem reter ou esconder nada. Há várias traduções. Somente todas juntas conseguem dar o verdadeiro sentido à palavra “parrhesia”: intrepidez, ousadia, firmeza, audácia, destemor, coragem, fidúcia, confiança, paixão, ardor, fervor. Cfr. At 4,13; 4,29; 4,31; 9,27; 13,46; 14,3; 19,8; 26,26; 28,31.
A V Conferência em Aparecida “deseja despertar a Igreja na América Latina e no Caribe para um grande impulso missionário. Não podemos deixar de aproveitar esta hora de graça. Necessitamos de um novo Pentecostes! Necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vidas de ’sentido’, de verdade e de amor, de alegria e esperança (...) Somos testemunhos e missionários: nas grandes cidades e nos campos, nas montanhas e florestas da Amazônia, em todos os ambientes da convivência social, nos mais diversos “areópagos” da vida pública das nações, nas situações extremas de existência, assumindo ad gentes nossa solicitude pela missão universal da Igreja” (DA 548).
Os tempos mudaram! A Igreja, na época de Paulo, ainda restrita a algumas regiões do Mediterrâneo, ultrapassou todas as fronteiras e vive em todas as culturas, mas o ímpeto missionário e a paixão que caracterizaram o apóstolo das gentes animam até hoje os discípulos(as) missionários(as) do Senhor. É “o amor de Cristo (que) nos impele” (2 Cor 5,14). Não faz diferença ler o que Paulo escreveu a Timóteo: “Eu sei em quem acreditei” , “Eu sei, em quem depositei a minha fé” (2 Tim 1,12) ou a palavra que Irmã Dorothy falou na última entrevista, poucos dias antes de ser assassinada. Mae Stang, estadudinense, naturalizada brasileira, pertencia à Congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur. Chegou na Prelazia do Xingu em 1982 e morreu assassinada em 12 de fevereiro de 2005 aos 73 anos de idade no município de Anapu, a 140 km de Altamira. Defendeu as famílias de agricultores contra grileiros e madeireiros e lutou por projetos de colonização que respeitem a dinâmica de uso sustentável da floresta.
“Eu acredito muito em Deus e sei que ele está comigo.” É o mesmo ardor, a mesma paixão pelo Cristo e seu Reino que atravessa os séculos!
Concluímos como as palavras de Charles de Foucauld: “Toda a nossa vida, por mais silenciosa que seja, a vida do deserto, tanto quanto a vida pública, devem ser uma pregação do Evangelho pelo exemplo: toda a nossa existência, todo o nosso ser deve gritar o Evangelho sobre os telhados; toda a nossa pessoa deve transparecer Jesus, todos os nosso atos, toda a nossa vida deve gritar que somos de Jesus, deve aprestar a imagem da vida evangélica; toda a nossa pessoa deve ser uma pregação viva, um reflexo de Jesus, um perfume de Jesus, algo que grita Jesus, que faz ver Jesus, que brilha como uma imagem de Jesus”.