tirado do blog dos carmelitas eremitas
A Vida monástica é um grande dom de Deus para a Igreja.
Desde o início da pregação do Evangelho, não faltaram homens e mulheres que se renderam ao convite de Jesus: “se queres ser perfeito...” (Mt 19). Esta inquietação de sempre desejar fazer algo a mais por Deus é a vocação para a vida monástica. Quem a tem, abandona o mundo e deixa tudo para viver somente para o Senhor.
Desde o início da pregação do Evangelho, não faltaram homens e mulheres que se renderam ao convite de Jesus: “se queres ser perfeito...” (Mt 19). Esta inquietação de sempre desejar fazer algo a mais por Deus é a vocação para a vida monástica. Quem a tem, abandona o mundo e deixa tudo para viver somente para o Senhor.
No Carmelo, podemos encontrar uma belíssima forma de servirmos a Deus e buscarmos a santidade. A tradição carmelitana consagrou duas finalidades desta vida: alcançar a pureza do coração e gozar as delícias de Deus. “Esta vida de perfeição religiosa encerra dois fins: um nós podemos alcançar com o nosso esforço e o exercício das virtudes, e o outro, ajudados pela graça divina. O primeiro consiste em oferecer a Deus um coração santo e limpo de toda mancha atual de pecado. O outro fim desta vida é dom totalmente gratuito de Deus e que Ele comunica à alma. Consiste em, não somente depois da morte, mas também nesta vida mortal, já experimentar no afeto do amor e do gozo da luz do entendimento algo do poder da presença de Deus e do deleite da eterna glória.” (Livro da Instituição dos Primeiros Monges).
Observando a Regra Primitiva podemos progredir nesta primeira finalidade através da ascese e da penitência. O jejum vai de setembro até a Páscoa. Não comemos carne e não consumimos bebida alcoólica. Em ocasiões mais solenes podemos comer peixes, laticínios e ovos. Também evitamos o açúcar e a cafeína. O silêncio e a solidão também ajudam a encontrar este equilíbrio interior. A segunda finalidade, porém é puro dom de Deus. Através dos ensinamentos da Mãe dos espirituais, Santa Teresa, do Doutor Místico, São João da Cruz e de tantos outros santos Carmelitas, podemos nos aprofundar na intimidade com Deus. Nas pequenas celas, realiza-se o colóquio amoroso da alma com o seu Esposo Divino.
Apesar de guardarmos os costumes do Carmelo Descalço, valorizamos mais a solidão, tendo ermidas separadas, com mais tempo de oração individual. Vivemos nos lugares afastados em harmonia com a natureza, uma vida simples e austera. Nossas construções são rústicas e aproveitamos material de demolição. Vivemos da providência, não temos nenhuma renda, mas nada nos falta. Procuramos não desperdiçar nem uma migalha de pão e partilhamos o que temos com os pobres. A rotina diária intercala a oração com o trabalho manual. Cada um exerce um ofício conforme sua capacidade.
O Mosteiro dos irmãos fica ao lado do Mosteiro das irmãs. Isso também permite uma colaboração mútua, em clima de família. Cada um, porém tem sua clausura totalmente separada. As irmãs, inclusive, mantém a grade e a clausura papal. Os monges podem fazer algum apostolado quando estão nos Mosteiros, onde as pessoas podem fazer retiros, ser atendidas em confissões e direção espiritual. Por isso, aqueles que desejam podem se tornar sacerdotes. Entretanto, os que estão nos Santos Desertos e Eremitérios se dedicam exclusivamente à oração. Os familiares podem nos visitar e se hospedarem conosco. Porém, só os visitamos em caso de grande necessidade.
Os vocacionados são recebidos para uma experiência de pelo menos uma semana. Se aprovados, ingressam no postulantado que dura em torno de seis meses. Depois desse período, fazem o noviciado e depois, a profissão dos votos. Não há limite de idade para admissão, o importante é que a pessoa tenha saúde para cumprir suas obrigações.
A Santa Missa e toda a liturgia é rezada em latim, no Rito Tradicional. Consideramos a Eucaristia, como o ápice de nossa vida. Amamos profundamente a Santa Igreja Católica. Temos muito carinho pelo Santo Padre o Papa e pelo nosso Bispo. Procuramos atender os pedidos de Nossa Senhora, que, em Fátima, em sua última aparição se mostrou como Nossa Senhora do Carmo.
Unimos nossa oração, trabalhos, jejuns e penitências às intenções do Imaculado Coração de Maria. Fazemos subir, do nosso Carmelo, dia e noite, nossa adoração, como uma fumaça de incenso, ao supremo trono do Deus Uno e Trino. Que Ele seja bendito para sempre! Amém.