quinta-feira, 8 de março de 2012

ESPIRITUALIDADE DE C. F- FINAL


Jesus atuou pouquíssimo. Nós nos esquecemos.
Isso também seria um tema teológico muito interessante, para fazer uma reviravolta na teologia. Nós nos esquecemos que na vida de Jesus, digamos nos trinta e três anos. A maior parte da vida foi não fazer nada, ou seja, viver a vida comum das pessoas. Isso é o que vocês chamam Nazaré, que é muito mais que uma palavra, que é uma vida. São trinta anos, ou trinta e três. E, no entanto, vamos aos dois últimos anos, onde a missão estrita de Jesus parece ocupar tudo e nós nos esquecemos de todo o resto.


O que significa, teologicamente, que Jesus tenha que ser entendido a partir da inatividade de toda a sua vida? E como isso nos obriga a interpretar de outra forma sua missão? A missão de Jesus, em realidade, foi estar e viver, e daí vinha sua autoridade. Quando as pessoas se admiram: se não estudou, se não sabe, se não é letrado. 


Que é isso? De onde lhe vem a força que transmite? Viver é a missão de Jesus, sua verdadeira mensagem. Então, vocês estão ancorados na maior oferta teológica cristã, que é o Evangelho. Estamos de acordo? Pois vendam tudo mais e comprem esse campo...


(Caro Pe. Bizon. Fico contente de saber que já saiu o boletim Deus Caritas na Espanha. Depois de enviar os textos não tive mais notícias. Naturalmente que tem a minha autorização para publicar esses textos no Boletim das Fraternidades. Não só pelos laços que me unem às Irmãzinhas de Jesus, mas porque a elas pertencem as reflexões. Quanto à versão em português infelizmente não a tenho porque as palestras foram proferidas em espanhol e depois revisadas por mim. Um abraço. Pe. Carlos Palácio, S.J.)