domingo, 8 de janeiro de 2012

C.DE FOUC- 3) -Confiança em Deus




Peçam para mim principalmente esse amor ardente, generoso, apaixonado que leve a amar Jesus acima de tudo...
Não peço sentir esse amor, nem que Jesus me ame, contanto que eu o ame com toda a minha alma, apaixonadamente, e para sempre. (Nazaré, Notas avulsas, s/d).

Nosso aniquilamento é o meio mais poderoso que temos de unir-nos a Jesus e de fazer o bem à alma. É o que São João da Cruz repete a cada linha. Quando podemos sofrer e amar, podemos muito, podemos o máximo que se pode neste mundo. Sentimos que sofremos, mas não sentimos que amamos, e isto é um sofrimento a mais! Mas sabemos que gostaríamos de amar, e querer amar e amar. Parece que não amamos bastante, o que é verdade. Jamais amaremos o suficiente. Mas nosso bom Deus, que sabe de que barro somos feitos e que nos ama muito mais do que uma mãe pode amar seu filho, nos disse – ele que não mente – que jamais rechaçará aquele que vir a ele (Carta a sra. de Bondy, 1/12/1916, Oeuvres Spirit. p. 730)

Conservemos a esperança! Quaisquer que sejam as nossas faltas, Jesus que salvar-nos. Quanto mais formos pecadores, próximos da morte, desesperados... mais Jesus quererá salvar-nos, pois veio para salvar o que estava por perecer (Oeuvres Spirit., p. 150).

Sejamos homens de desejo e de oração ... Que nada nos pareça impossível. Deus tudo pode (Med. sobre os Evangelhos, Mt 9, 28-29).

Não hesitemos em pedir os lugares onde o perigo, o sacrifício e a entrega são maiores. A glória, deixemo-la a quem quiser, mas o perigo, o sofrimento, exijamo-lo sempre. Nós, cristãos, devemos dar o exemplo de sacrifício e de entrega total. É uma norma à qual devemos ser fiéis em toda nossa vida, com simplicidade, sem perguntarmos se não há vaidade nessa escolha: é o dever e façamo-lo. Peçamos ao Bem-Amado para o fazermos com toda a humildade, com todo o amor de Deus e do próximo. (Carta a Louis Massignon, 1/12/1916 –O.Esp. p. 779).

É preciso tornar-se corajoso. Isto é necessário a todos! Não há perfeição e santidade possível sem coragem... (...) Mas não te peças o impossível ou coisas exageradas. Vá devagar, sobretudo, no início, não por fraqueza, nem por falta de fé, mas por humildade e porque desejo agir em ti pela graça, através de uma grande graça, mas que não é um milagre... Não tente o impossível para não cair, mas faça o possível e faça-o bem (Retiro em Nazaré, 1897. Oeuvres Spir. p. 527)

“Pai, em tuas mãos entrego meu espírito” (Lc 23, 46) é a última prece do nosso mestre, do nosso Bem-Amado (...) e possa ser a nossa (...). E que seja não somente a do nosso último instante, mas a de todos os instantes: “Meu Pai, eu me entrego em tuas mãos; meu Pai, confio-me em ti; meu Pai, eu me abandono em ti; meu Pai, faz de mim aquilo que quiseres; o que quer que faças de mim, eu te agradeço; obrigado por tudo; estou pronto a tudo; aceito tudo; agradeço-te por tudo. Desde que se faça a tua vontade em mim, me Deus, desde que se faça a tua vontade em todas as criaturas, em todos os teus filhos, em todos aqueles que teu coração ama, nada mais desejo, meu Deus; entrego minha alma em tuas mãos, eu a dou, me Deus, com todo o amor do meu coração, porque te amo e porque me dar é uma necessidade de amor, colocar-me sem media entre tuas mãos; entrego-me em tuas mãos com uma infinita confiança, pois tu és meu Pai” (Espírito de Jesus, 1896, p. 88-89).

Sim, Jesus basta: onde Ele está, nada falta. Por mais queridos que sejam aqueles em que brilha um reflexo dele, é Ele que continua a ser o tudo. Ele é o tudo no tempo e na eternidade. Como somos felizes por termos um tudo que nada nos pode tirar e que será nosso para sempre, a não ser que nós próprios o deixemos! (Carta a D. Guérin, 1º/11/1910, Textos Espir. p. 251)


Temos Jesus conosco e por mais fracos que sejamos, temos a força da sua força invencível... Nunca Deus faltou aos homens, é o Homem que falta a Deus. Ele só pede para derramar suas graças... (Carta ao Pe. Caron, 15/12/1910)