domingo, 8 de janeiro de 2012

C. DE FOUC - 10)- A EUCARISTIA




Deus, para salvar-nos, veio a nós, misturou-se a nós, viveu conosco no contato mais familiar e mais estreito, da Anunciação à Ascensão.
Para a salvação das almas, ele continua a vir a nós, a misturar-se a nós, a viver conosco, no contato mais estreito, a cada dia e a cada hora, na Santa Eucaristia (Ouvres Spirit., p. 491).

Tu estás, meu Senhor Jesus, na Santa Eucaristia. Aqui estás, a um metro de mim, neste sacrário! Teu corpo, tua alma, tua humanidade, tua divindade... Como estás perto, meu Deus, meu Salvador, meu Jesus, meu irmão ... (Écrits Spirit. p. 69).


Meu Deus, digna-te dar-me esse sentimento contínuo de tua presença... e ao mesmo tempo esse amor temeroso que experimentamos em presença daquele que amamos apaixonadamente, amor que nos leva a permanecer diante da pessoa amada, sem poder desviar os olhos... (Écrits Spirit., p. 51).

Senhor, estás na sagrada Eucaristia. Estás aí, a um metro de mim, no sacrário. O teu corpo, a tua alma, a tua humanidade, a tua divindade, todo o teu Ser está aí, na sua dupla natureza. Como estás perto de mim, meu Deus, meu irmão. Não estavas mais perto da Virgem Santíssima durante os nove meses que Ela te trouxe no seu seio, que quando eu comungo. Não estavas mais perto da Virgem Santíssima e de São José na gruta de Belém, na casa da Nazaré, na fuga para o Egito, em todos os instantes da vida desta sagrada família, que estás de mim neste momento e tantas, tantas vezes neste sacrário! Santa Madalena, sentada a teus pés, em Belém, não estava mais perto de ti que eu, neste altar. Não estavas mais perto dos teus Apóstolos quando estavas sentado no meio deles, do que o estás de mim, agora, Senhor. Como sou feliz. Estar só na minha cela a conversar contigo no silêncio da noite, bem o sabes, meu Senhor; e tu estás aqui, como Deus e pela tua graça. Mas ficar na minha cela quando podia estar diante de ti ao sacrário, é como se Madalena, quando estiveste na Betânia, te deixasse só... para ir pensar em ti, sozinha no seu quarto ... Beijar os lugares que santificaste na tua vida mortal, as pedras de Gethsêmani, do Calvário, o solo da Via Dolorosa, as ondas do mar da Galiléia, bem o sabes, meu Deus. Mas preferi-lo ao sacrário, é deixar o Jesus vivo a meu lado, e ir sozinho venerar as pedras mortas onde Ele não está (Retiro em Nazaré, 1897, Textos Espirituais, p. 87-88)


Quando se ama, não nos parece bem empregado todo o tempo que passamos ao pé de quem se ama? Não é este o tempo mais bem empregado, salvo quando a vontade ou bem-estar do Ser amado nos chama a outra parte? Onde quer que exista a santa Hóstia, está o Deus vivo, está o teu Salvador tão real como está agora no Céu. Nunca percas uma comunhão por tua culpa. A comunhão é mais que a vida, mais que todos os bens do mundo,mais que o Universo inteiro. A comunhão é o próprio Deus, sou Eu, Jesus. (Retiro em Nazaré, 1897, Textos Espirit. p. 88).