As mortes súbitas, ou quase súbitas são assustadoras, sobretudo, quando atingem em plena felicidade pessoas pouco acostumadas a pensar na outra vida ...
Este pensamento nos envolve também, quando nossa hora chegar e quando nossos olhos se abrirem à luz. Então agradeceremos a Deus como um dom, mesmo que seja uma grande dor aqui. Este pensamento não impedirá a dor, mas ajudará a nos submeter, a nos abandonar, as adorar a vontade divina sempre sábia e misericordiosa, embora incompreensível para os cegos que somos (Carta à sra. de Bondy, 10/5/1904, Oeuvres Spirit. p. 723).
Este pensamento nos envolve também, quando nossa hora chegar e quando nossos olhos se abrirem à luz. Então agradeceremos a Deus como um dom, mesmo que seja uma grande dor aqui. Este pensamento não impedirá a dor, mas ajudará a nos submeter, a nos abandonar, as adorar a vontade divina sempre sábia e misericordiosa, embora incompreensível para os cegos que somos (Carta à sra. de Bondy, 10/5/1904, Oeuvres Spirit. p. 723).
É tão certo que esta querida irmã é feliz, ela que está agora presente na vida da luz e do amor eterno, que nada temos que nos entristecer, mas devemos antes alegrar-nos, pensando que aquela que amamos é feliz. Ela chegou onde nós quereríamos estar; chegou ao porto bem-aventurado para o qual caminhamos com o receio de lá não entrarmos, no meio de tempestades e escolhos, de temores e sofrimentos... Ei-la nessa terra do “belo imutável”, acima da região das nuvens, perdida na luz infinita e no infinito amor.
É doce pensá-lo, é doce pensar que ela é tão feliz, e que nós também o seremos num futuro talvez próximo. É doce pensar que, apesar da minha indignidade, também lá serei chamado... (Carta à sua irmã, 4/7/1902, Textos Espirit. p. 233).
Agora que a vida quase terminou para nós... a luz em que entraremos, quando morrermos, começa a bilhar e a fazer-nos ver o que é real e o que não é real... (Carta a um amigo, 15/7/1906), Textos Espirit, p. 245).
“Eis o Esposo que chega, saí a seu encontro!” Em todo instante de nossa vida, tenhamos em nossa alma duplo sentimento de São Paulo: um desejo amoroso e terno de ver nosso corpo decompor-se para “ficar com o Cristo”, que é nosso bem, e um desejo mais forte ainda de glorificá-lo, o mais que possamos, aceitando viver intensamente o tempo que lhe aprouver.
Se a doença, o perigo, a visão da morte bater à nossa porta, que o desejo de nossa partida seja revivido.
Que seu Nome seja santificado, que seu Reino venha, que sua Vontade se faça nesta terra como no céu. A Ele louvor, honra, glória e benção com o Pai e o Espírito Santo, nos séculos dos séculos. Amém (Diretório da União dos Irmãos e Irmãs do Sagrado Coração. Oeuvres Spirit., p. 496-7).
ORAÇÃO DO ABANDONO
Meu Pai,
A Vós me abandono:
Fazei de mim o que quiserdes!,
O que de mim fizerdes,
Eu vos agradeço.
Estou pronto para tudo,
Contanto que a vossa vontade
Se faça em mim
E em todas as vossas criaturas.
Não quero outra coisa, meu Deus.
Entrego minha vida em vossas mãos,
Eu vo-la dou, meu Deus,
Com todo o amor de meu coração,
Porque vos amo
E porque é para mim
Uma necessidade de amor
Dar-me, entregar-me
Em vossas mãos sem medida,
Com infinita confiança,
Porque sois meu Pai!